Os museus são dotados de equipes técnicas capazes de catalogar e acondicionar peças e documentos relativos ao processo histórico e também elabora atividades específicas, com a proposta de divulgar a história de Bauru e da Ferrovia.

É um trabalho abrangente, que passa por visitas monitoradas, auxílio à pesquisa, exposições itinerantes, cursos, encontros, palestras, até a preparação de material impresso que auxilie na realização desse trabalho.

A preocupação em resgatar a memória da cidade em seus aspectos políticos, sociais e econômicos também faz parte da ação desenvolvida pelo Departamento de Patrimônio Histórico. Entende-se por patrimônio, não só os prédios e marcos, que fazem parte da história do município, mas sim todas as manifestações que, de alguma forma participaram do processo de formação da sociedade bauruense.

Museu Ferroviário Regional de Bauru

Por ter sido Bauru a cidade que recebeu o maior entroncamento ferroviário do estado de São Paulo, tanto em termos de fluxo de transporte, como de dinheiro, houve nesta época muito desenvolvimento para nossa região. Em 11 de julho de 1969, no governo do Dr. Alcides Franciscato, foi crido o Museu Ferroviário Regional, através da lei nº 1425, porém não entrando em funcionamento nesta época.

Foi em 1986, que a discussão sobre o museu entrou em evidência novamente, sendo alterado o seu nome para MUSEU FERROVIÁRIO REGIONAL DE BAURU, pois o mesmo iria abrigar acervos das ferrovias, ESTRADA DE FERRO SOROCABANA, ESTRADA DE FERRO NOROESTE DO BRASIL E COMPANHIA PAULISTA DE ESTRADA DE FERRO, que viriam de várias regiões onde o trem fez sua passagem ou foram construídas suas estações. A principal finalidade do museu na época era de acolher e preservar o material ferroviário para exibição ao público.

Em 26/08/89, finalmente o projeto torna-se realidade, com a inauguração da primeira exposição permanente do Museu Ferroviário Regional de Bauru, no prédio situado na rua Primeiro de Agosto, centro de Bauru, ao lado da Estação Ferroviária, antigo escritório da Diretoria Administrativa da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, num complexo de quatro salas e um auditório.

O Museu Ferroviário no final do ano de 2005 iniciou um processo de reforma na estrutura física, ganhando no seu espaço interno uma praça, com palco e bancos, e uma parte de um carro de passageiro reformado. Esta área é destinada a eventos culturais no museu. Atualmente estamos com a exposição permanente denominada "As ferrovias e o desenvolvimento urbano", a qual retrata a importância da s ferrovias como alavanca de progresso e influência social das regiões onde estavam instaladas.

Ir para o site do Museu Ferroviário

Museu Histórico Municipal De Bauru

Em 1956 o governo de estado de São Paulo criou vários Museus Históricos e Pedagógicos, com o objetivo de preservar a memória, personagens e fatos dos períodos Colonial e Imperial Brasileiros. Para Bauru foi destinado um Museu com a finalidade de reconstituir a evolução da vida e obra de Dom Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão (Morgado de Matheus), como também trabalhar com o período de 1765 a 1900.

De 1956 a 1979, o Museu Histórico e Pedagógico Morgado de Matheus existiu apenas como decreto, vindo a efetivar-se a partir de 1º de agosto de 1979, no prédio da Antiga Estação de Tratamento de Água de Bauru, onde funcionou até 1988, sob a responsabilidade conjunta do Estado e do Município.

Em 1988, a administração municipal, preocupada em preservar o patrimônio histórico de Bauru, implantou o Museu Histórico Municipal, ocorrendo sua inauguração em 28 de dezembro do mesmo ano.

Em agosto de 1992, o Museu Histórico Municipal e o Museu Histórico e Pedagógico Morgado de Matheus foram transferidos para a casa nº 33, da Vila Noroeste, onde funcionaram até março de 1997.

Em dezembro de 1997, foi assinada a municipalização do Museu Histórico e Pedagógico Morgado de Matheus, ficando assim a Prefeitura Municipal de Bauru, através da Secretaria Municipal de Cultura, responsável pela guarda e conservação de seu acervo, que foi agregado ao Museu Histórico Municipal.

Atualmente o Museu Histórico Municipal possui um acervo muito rico e diversificado, abrangendo coleções de objetos, pintura, fotos, documentação impressa e manuscrita, que retrata a história da cidade de Bauru e dispõe de uma sala de pesquisa para auxiliar e fornecer subsídios a alunos do ensino médio, mestrandos e doutorandos.

Ir para o site do Museu Histórico

Museu da Imagem e do Som

O Museu da Imagem e do Som teve sua lei de criação datada de 25 de novembro de 1993 com a lei de nº 3645. O MIS de Bauru é uma instituição que pertence ao município, portanto um órgão público municipal. O prédio do Museu da Imagem e do Som de Bauru será localizado na região central, na antiga Estada da Estrada de Ferro Paulista, oferecendo acesso a todas as pessoas.

Esse museu será o centro local de informação e deverá permitir o pronto acesso de visitantes/pesquisadores a todo tipo de conhecimento. As coleções de imagem e som deverão incluir os tipos de suportes apropriados e tecnologia moderna, bem como materiais convencionais. Alta qualidade e adequação às necessidades e condições locais são fundamentais. O acervo do Museu da Imagem e do Som de Bauru deverá refletir o passado e a evolução da sociedade bauruense, assim como a imaginação da população local.

Os objetivos do MIS de Bauru é salvaguardar o acervo de imagem e som que contém a história de Bauru; promover a leitura do acervo homem/objeto/homem, enquanto sujeito de toda e qualquer ação; promover o conhecimento da herança cultural e a apreciação das imagens e sons, realizações e inovações cientificas; garantir aos cidadãos acesso a todo tipo de informação etc.

A inauguração das novas instalações será efetuada tão logo se concretize a finalização da construção do novo espaço junto à antiga Estação da Paulista, localizado entre as ruas Agenor Meira e Rio Branco, próximo à linha férrea, na região central da cidade.

Ir para o site do Museu de Imagem e Som

Projeto

A Divisão de Pesquisa e Documentação, pertencente à Secretaria de Cultura, vem desenvolvendo nos últimos anos o projeto "Ferrovia Para Todos". Esse projeto visa preservar a questão do patrimônio histórico-cultural e a história ferroviária do município. A proposta é envolver a sociedade bauruense para que a ferrovia seja vista e entendida como parte fundamental na formação de Bauru. Afinal, foi por meio dos trilhos da Sorocabana, Noroeste do Brasil e Companhia Paulista que Bauru se desenvolveu e nesse contexto, a população formou suas famílias, criou seus filhos e projetou o nome da cidade para outros "rincões".

Para isso, o projeto desenvolve várias ações paralelas, com a parceria de entidades públicas e sociais e empresas privadas. O projeto "Ferrovia Para Todos" promove a divulgação da história ferroviária de Bauru às crianças, jovens e a toda comunidade, a oportunidade para que todos possam retornar ao passado por meio do passeio de Maria Fumaça, que é formada por uma composição ferroviária do início do século passado. A composição constituída pela locomotiva a vapor 278, de 1919, fabricação americana, o carro passageiro S-22, de 1943, e o carro administrativo O-1, de 1932, ambos fabricados nas oficinas da Noroeste do Brasil. O funcionamento da composição histórica tem um trajeto do Centro de Bauru, com saída da gare central ao lado do Museu Ferroviário Regional de Bauru até Bauru-Paulista, totalizando um trecho de 2 km, e que em breve será ampliado. Além dessa ação, o "Ferrovia Para Todos" implantará o módulo II do Museu Ferroviário Regional, que abrigará peças de grande porte. O projeto visa ainda a restauração de um carro restaurante, um carro correio e dois carros de passageiros, sendo que um já se encontra em fase de acabamento, e será entregue à comunidade em breve.

O projeto possui uma proposta ambiciosa que é fazer com que a sociedade crie uma identidade e sinta-se responsável pela história da ferrovia e contribua para a sua valorização, além de preservar a história ferroviária de Bauru e inserir os jovens nesse contexto, por meio de ações culturais estimulando a pesquisa e o desenvolvimento de projetos ligados à área ferroviária e de preservação de patrimônio. Assim, contribuirá para a valorização do ser humano como agente construtor da história.


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